Todas as ideias geniais pareceram estúpidas à partida.

13.6.10

♥ To my irish friends

Years ago when I first arrived in Dublin, one of the first things that stroke me as surprising was the astonishing amount of foreigners walking up and down O'Connell Street. There we were, just gotten out of a packed up bus making its route from the airport to one of the busiest corners of the capital, with the closest thing to a GPS being the driver, motioning us this was it, 'the hostel was somewhere nearby'... To be completely honest, not even one of those street maps behind glass frames, with a big, red circle stating YOU ARE HERE, would make it more easy peasy to me.

I felt completely lost, panicky even. White, round words had been painted beside the sidewalk, on the tar: Look Right. The luggage weight was pulling at my arm veins as I rolled it across the road but all I could think about was that heavy tide of foreigners passing me by. Like those walking-nightmares where no matter how much you keep moving your feet, your body never follows. O'Connell St. forces any oblivious mind to keep sharp. It made me feel I belonged, that that was really it. Home.

***

Para quem tem dificuldades com o inglês:

Há alguns anos, quando eu cheguei a Dublin, uma das primeiras coisas que me surpreendeu imenso foi a grande quantidade de estrangeiros a caminhar pela rua O'Connell. Ali estavamos nós, acabados de sair de um autocarro apinhado que fazia o seu caminho de volta do aeroporto para um dos cantos mais movimentados da capital e o que tinhamos de mais parecido com um GPS era aquele motorista, gesticulando-nos que era ali, "a pousada era algures ali ao pé"... Com toda a honestidade, nem mesmo um daqueles mapas da rua por detrás de molduras de vidro, com um grande círculo vermelho que indica VOCÊ ESTÁ AQUI, tornaria as coisas mais fáceis para mim.

Eu senti-me completamente perdida, em pânico mesmo. Letras redondas e brancas tinham sido pintadas junto ao passeio no alcatrão: Olhe Para a Direita. Eu sentia as veias dos meus braços a serem puxadas pelo peso da mala enquanto atravessava a rua mas eu só conseguia pensar naquela grande maré de estrangeiros a passar por mim. Como naqueles pesadelos em que estamos a caminhar sem sair do mesmo sítio. A rua O'Connell obriga qualquer mente mais distraída a ficar atenta. Fez-me sentir que eu pertencia ali, que ali era mesmo o sítio certo. A minha casa.

♥ Matilda | matilda.writing@gmail.com

5 comentários:

Rui Caldeira disse...

Hummm . . provavelmente há alguma casa de meninas na O'Connel Street , só assim explico o facto dos camones irem lá todos parar ;)

Matilda disse...

LOL... tens mais sorte na Alemanha. Nas ruas á saída da estacão de comboio de Frankfurt HBF nao falta por onde escolher... eh eh ;)

Rui Caldeira disse...

Ok, quando puseres textos em alemão , agente fala melhor :)))

Nada disse...

Sinto tanto que a minha casa tambem é algures para essas bandas...ainda me vou encontrar numa qualquer rua de dublin.
É bom encontrar a "nossa casa".

Obrigado por me adicionares ^^
Beijinho*

Matilda disse...

Olá Meio Cheio,

Adorei o teu blog. Pelo menos os últimos dois posts, que foram os que li, são dos posts com mais conteúdo de interesse que já vi pela blogosfera.

Acima de tudo acho que o que me interessou mais neles foi não serem apenas informativos, porque ás vezes é uma seca andar pelos blogs como se estivesse apenas a mudar os canais de TV e dar tudo a mesma notícia.

Tu integras varias coisas relevantes com comentarios pertinentes.

Beijinhos.